Tuesday, May 29, 2007

Posso...basta querer...

"Hoje vim de preto e branco. E quando fui tirar um casaco do guarda-roupa, não me apeteceu vestir nem o preto, nem o branco, mesmo sabendo que ficava a condizer. Quando olhei para o meu casaco cor de rosa, resolvi usá-lo. E sabes porquê, Mariana? Porque eu quero. Por acaso até ficou bem. Mas não foi por isso que o usei. Eu usei-o porque eu quis. Simplesmente."

Este rico exemplo de uma amiga minha para me dizer que na vida, há certas coisas que podemos fazer pelo simples prazer de o fazer, sem pensar nas consequências, pois nem sempre as há. Não se aplica a tudo na vida, claro. Mas naquele momento, pelo que estava a ponderar, enquadrava-se perfeitamente. E eu fiquei feliz, porque tomei uma decisão naquele momento. E se me perguntarem: "porquê?" eu vou responder: "Porque quero." e não vou acrescentar absolutamente mais nada.

Friday, May 25, 2007

Beyoncé


-Uma voz excelente;

-Uma simpatia brutal;

-Um gosto espectacular para o guarda roupa (se bem que nao deve ter sido ela a escolher,);

-Uma banda feminina completamente, genuinamente espectacular;

-Uma boa dançarina;

-Uma mulher muito boa (nao há mesmo duvida);

-Umas grandes pernas pah;

-Um espectáculo lindo que fez toda a gente vibrar;

-dançarinos/as fantasticos;


Uma noite simplesmente espectacular que provou a muita gente que a Beyoncé é mesmo fantabulástica em todos os sentidos. Espero que volte, porque lá estarei. =)

Monday, May 14, 2007

Aqueles tempos...


- Ai, gostava tanto de viver um romance assim...- digo eu com a cara especada na televisão enquanto o "Duda" e a "Bel"(personagens da novela Cobras e Lagartos) se estão quase a reconciliar.
-Mariana, os romances não são assim, querida...- diz a minha irmã chamando-me à razão. Ela apoia-me muito. Mas há uma diferença muito grande entre me apoiar no sonho que tenho desde pequenina(ser actriz) e o de apoiar e alimentar uma esperança de romantismo completamente extintos nos dias de hoje(será?) !
- Eu sei...Será que sei mesmo? Não existirá por aí um romantismo igualzinho ao das novelas para todos nós? HAHAHA! Talvez não. Nunca se sabe se alguma vez houve aquele amor incondicional que perdoa tudo, esquece tudo e que dura para sempre. Os contos de fada parecem gostar muito daquela frase "e viveram felizes para sempre". Mas o que é a felicidade e o que é para sempre? Será que ao dizerem "felizes" querem dizer juntos? Ou separados? Sim...porque a Branca de Neve pode querer ser feliz sozinha, fazer uma carreira a solo sem o principe ou não?E "para sempre"? O que quer dizer? Para sempre até morrerem ou para sempre depois da morte? Ou para sempre daqui a uma semana ou dois meses? Gostava de saber como é que seria a vida dos contos de fada depois do casamento. Teriam ele discussões? Ou eles não nos mostram essa parte porque é um mundo onde reina o amor secante sem chatices? ("Queres vir tomar chá com as minhas amigas?"- diz a princesa. "É para já! Gosto imenso das vossas conversas. E tu, amanhã queres vir ver uma exposição de carros?"; "Eu estava a pensar ver uma peça de teatro que estou há meses ansiosa para ir. Mas isso também me parece-me um programa maravilhoso! Tudo por ti, meu amor!")
-És uma romântica- diz a minha amiga (companheira de aulas, principal causadora da minha distracção durante o discurso infindável da professora) enquanto me vê a desenhar na aula de geografia.
- Pois sou...-digo eu melancólica e ponho-me a pensar na felicidade que eu poderia alcançar se vivesse dentro dos livros de Juliet Marilier.Às vezes penso que estou a viver na época errada.
Talvez no tempo dos meus pais ou dos meus avós poderia encontrar felicidade.
- Ai Mariana que seca!- diz alguém que naturalmente está habituada a viver neste século! (Provavelmente o meu senso comum) - Para que é que queres viver em épocas passadas? Nesses tempos tu podias até começar a trabalhar aos quinze anos ou mais cedo! Esquece isso e desce à realidade. Aqui também há romantismo, há felicidade a tantos outros níveis...
- Eu sei, eu sei... - respondo eu consciente de que não vou parar de me imaginar na pele de outras pessoas que viveram em tempos distantes do meu. - Mas sabes, não é só o romantismo que me fascina. É tudo! Já imaginaste o que era só poderes viajar de cavalo? E respirares um ar mais puro nas ruas? Já imaginaste um mundo onde os vizinhos se conhecem e são amigos uns dos outros? Um mundo mais aberto para novas descobertas...(hoje em dia ninguém se fascina com nada!)Seriam tempos mais felizes ou mais problemáticos? Provavelmente muito mais dificeis mas mesmo assim não deixam de ser fascinantes...
- Pois mas tu apenas pensas nesses tempos através da prespectiva que os filmes e os livros te dão. A vida real não é, certamente, tão fácil muito menos numa altura anterior... O tempo passa para alguma coisa. Passa para dar lugar a uma evolução crescente. Se não é fácil agora, antes não o seria com certeza!
- Sim, mas...
- Calatemariana!
Às vezes apetece-me gritar: Posso imaginar??Posso? Obrigada!

Sunday, May 06, 2007

Dia da Mãe


Há uns anos atrás eu e a minha irmã acordavamos no primeiro domingo de Maio e iamos acordar os meus pais com o presente de dia da mãe pronto nas nossas mãos. A nossa mãe lia a nossa dedicatória cheia de amor e carinho, enchia-se de lágrimas que lhe completavam a expressão orgulhosa e abraçava-nos com muita força. Dizia-nos que nos amava e que tinha um enorme orgulho em nós. Eu e a minha irmã não podiamos ficar mais satisfeitas. Por vezes até ficávamos os quatro uns dez minutos na cama a falar até ao meu pai resolver que quatro na mesma cama causava demasiado calor e ir tomar banho, deixando-nos a mim, à minha irmã e à minha mãe no meio dos lençóis. Queria que aqueles momentos durassem para sempre... O dia seguia-se com um almoço em casa de uma das avós mas independentemente de qual fosse, a nossa mãe exibia a prenda e a dedicatória mantendo sempre a sua expressão orgulhosa. Realmente sempre tivemos uma relação espectacular...

Este ano foi bem diferente... eu e a minha irmã acordamos e já o meu pai está de pé. Vamos nos arranjar e vamos visitá-la. Cada um com uma rosa na mão. E quando chegamos ao local e lá pusemos as flores, olhei para o nome dela escrito naquela pedra fira e vieram-me à memória tantas boas recordações dela, de como ela me conseguia levantar a moral, das gargalhadas dela, dos sorrisos e dos conselhos, das músicas, das viagens de Oeiras para Lisboa, de Lisboa para Oeiras, das manhãs da comercial, das refeições, do Herman aos domingos, das manhãs de domingo na cama, dos serões cinematográficos aos sábados à noite, das férias em Maria Vinagre, praia, vésperas de férias quando ficavamos até às tantas a arrumar as malas, as férias com os meus primos, os serões em que nos fazias companhia..parecias tu própria nossa prima, os choros, os momentos de desabafo, os teus abraços...

Lembro-me quando fui ao cinema pela primeira vez. Fui ver o Rei Leão e tu vieste comigo. Tinha feito 6 anos e tu ficaste ao meu lado. Quando o Mufasa (o pai do Simba) morreu, lembro-me de quase ter chorado, estava mesmo triste. Quando olhei para o lado e tu me olhaste também, sorriste. Esqueci Mufasa, esqueci que o Simba tinha ficado orfão. O teu sorriso tirou-me toda a tristeza. De certa forma, quando me lembro dele, ainda consegues-me transmitir a mesma sensação de paz e tirar-me toda a tristeza. Apenas tenho de me esforçar para me lembrar dele.