Monday, April 30, 2007

Sound of Music

Estou à espera que de ver o filme. Espero que seja hoje porque já tenho o DVD cá em casa. xP

Monday, April 23, 2007

O primeiro dia de praia do ano

Já na semana passada tinha dado um cheirinho no que o novo verão que se aproxima me tem a oferecer. Fui à praia de manhã com duas amigas minhas e tomamos o nosso primeiro banho do ano (primeiro para mim, para elas primeiro banho de praia) e devo-vos dizer que a água estava optima.
Hoje, juntamente com um pessoal da minha turma, resolvi aproveitar a minha tarde livre na praia. O sol, a água, a areia, os amigos. Foi um dia quase perfeito. Teria sido perfeito, se não fossem as aulas de manhã...
Todo este dia fez-me ver que a vida não é assim tão má quanto parece e este pensamento fez-me aproveitar o dia em grande. Tenho de ir à praia mais vezes ;)

Friday, April 13, 2007

...

Quando a esperança se desvaneceu, ele foi dar uma volta à rua, reprimindo a sua vontade de gritar, de bater e partir tudo. Doía-lhe a cabeça e só lhe apetecia cair na desgraça, entregando-se à miséria em que agora residia o seu espirito. Era noite e tudo estava acabado. Nem estrelas nem luar surgiram por detrás das nuvens para lhe transmitir um pouco de luz e esperança. Mas nem com a luz lunar esta surgiria. Pensara, por uns momentos em acabar com tudo. Parecia-lhe impossivel recomeçar tudo sem ela. Parecia uma ideia descabida, uma possivel tentativa de ânimo para o tirar daquele buraco tão fundo. Os predios à sua volta eram pretos, o alcatrão da estrada, escuro era. E nem um candeeiro à vista para lhe mostrar caminho. Resolveu parar, os seus pés doiam. A sola estava gasta, o dinheiro era escasso. Agora toda a miséria se revelava... quando ela cá estava nãop era assim. Havia sempre uma esperança, um pensamento positivo, uma alternativa. Agora que se fora embora, perdera a visão, perdera o mundo.
Sentou-se no chão, talvez algum carro passasse por cima do seu corpo cansado e acabasse de uma vez por todas com aquele tormento. Realmente uma luz lhe começou a ofuscar as pálpebras obrigando-o a tapar os olhos com o braço. Tinha adormecido na estrada e acordara com o ambiente iluminado. Não sabia porque mas inundou-se de esperança, sentiu que podia mudar, sentiu que não estava num fosso e sim num beco com uma porta sem fechadura nem maçaneta. Agora via que não era preciso nada daquilo para fugir, bastava empurrar a porta, para verificar que estava aberta. Na vida temos de ter coragem para tomar os nossos passos e andar em direcção à mudança, sendo esta imposta ou não. Temos é de ter coragem e confiar não só no que vemos à nossa frente. Podemos abrir todas as portas sem maçanetas nem fechaduras. Basta empurrá-las, basta decidir que as queremos abrir.

Monday, April 09, 2007

O último dia de férias

Bem, passei por aqui apenas para dizer que correu tudo bem e já fiz os testes. Quanto aos meus colegas, agiram como se não existisse (o que para mim foi maravilha). Conheci uma rapariga que era filha de uma senhora que trabalhava lá. Era muito simpática mesmo. De resto, as pessoas foram muito atenciosas comigo e a coisa correu naturalmente. A parte mais chata do dia está oficialmente acabada. Agora...médico! Hmm...que bom! =/ hehe... (belo último dia de férias, diga-se de passagem)

Saturday, April 07, 2007

Identidade(s)



Na segunda feira vou fazer testes psicotécnicos . Já tinha feito na escola o ano passado, mas tive aquela sensação de indiferença e pressa e como, ainda por cima, não houve entrevistas individuais, senti-me praticamente na mesma. A minha tia conseguiu-me esta oportunidade e eu vou aproveitá-la.

O problema é o seguinte: vou fazê-lo num grupo de mais ou menos cinco rapazes de mais ou menos a minha idade e nãos os conheço de parte nenhuma!Ora bem, isto à partida não constitui grande entrave. À partida para quem não é timido como eu sou. O meu pai virou-se para mim e disse:

- Oh Mariana que parvoice. Tu até fazes teatro, o que é muito pior.

Discordo do meu pai. Adoro fazer teatro e sou timida! O que o meu pai não percebe é que quando estou em palco é como se não estivesse, porque a Mariana Lírio não está ali. Quem está no palco comigo, em mim, é outra pessoa, uma personagem que eu trabalhei, uma personagem treinada para emitir determinadas emoções e dizer determinadas coisas. No palco o público pode criticar, pode não gostar e maldizer. Mas eu, Mariana, não me importo. Estou ali a representar um outro alguém, não eu. Não se pode dizer que sou responsável pelos actos da personagem.

Fora do palco é tão diferente. Agora sou a Mariana. A responsabilidade agora é maior, pois represento-me a mim própria. É um peso diferente (e bem maior). Sou responsável pelo que faço!

Sei que se meterem conversa comigo vou gaguejar (se ao menos tivesse um guião na mala...), sei que vou desviar o olhar. Talvez me achem timida demais, ou se calhar antipática. Tento ser eu própria, natural, mas é tão dificil... O facto é que não ensaiei em casa, não sei de cor o que dizer e de repente já transpiro. Já para não falar da preocupação do vestuário! Quero parecer minimamente apresentável.

Gosto de mim, mas ser a Mariana Lírio torna-se dificil nestas situações. Por vezes olho para outras pessoas e imagino-me nas suas vidas, como agiria na pele delas, deixando a minha própria para trás. Imagino-me noutros corpos, com outros privilégios ou problemas. Por isso é que eu gosto tanto de representar. Posso ser tudo e todos. Posso ter todas as profissões do mundo, posso ser mãe, tia, filha. Posso ser descontraida ou não, simpática ou antipática. Posso ser tudo menos eu. Mas não me intrepretem mal! Adoro ser quem sou. Mas encarnar outras personalidades, mudar de identidade, de feitio, agir de maneira diferente é tão interessante. Basta dizer que a representação é o meu sonho, desde que me lembro. Nunca quis ser outra coisa senão actriz. E que profissão, hein?

Um jornalista entrevista e conhece outras pessoas, um médico depara-se com pessoas diferentes todos os dias, um cameraman aponta a sua camara para todo o tipo de pessoas e um psicólogo tem oportunidade de estudar a mente dos diferentes individuos.

Um actor pode sê-los a todos. ;)

De volta

As férias da Páscoa estão quase no fim. E mais uma vez, à semelhança de todas as outras férias, passaram tão rápido que nem deu sequer para sentir o gosto (como os próprios ovos). Porém, queixar-me não posso. Estas férias até foram bem boas: forneceram-me três dias no Alentejo com umas amigas, o que me possibilitou andar de cavalo outra vez (sensação que não tinha há mais de quatro anos ou mais. Como já previa, não desaprendi. É como andar de bicicleta). Depois disso, passei o resto do descanso em casa, com o meu pai e com a mana, depois desta vir de Nova Yorque - gente sortuda (mas bem que mereceu a viagem). Só posso dizer agora que estou muito enferrujada e por isso peço desculpa. Mas ultimamente nem tudo tem corrido bem. No entanto isto promete melhorar e já sinto a inspiração chegar lentamente. Deixem-na só instalar-se bem e em breve voltarei a escrever regularmente.

ps- Boa Páscoa :)