A vida de uma adolescente deveras complicada

Calças largas, top escuro e um casado que pouco ou nada tem a ver. Havaianas nos pés de uma cor viva! Amarelo, preto, roxo e castanho. Cabelo sem risco, ou seja, risco ao meio de novo. Sem lentes, portato os oculos de novo. Abro as gavetas e nada me interessa. Visto uma coisa qualquer para sair. Saio já cansada com os problemas que me assaltam a cabeça. Não tenho vontade de tomar decisão nenhuma, pois esta vai implicar consequências. Talvez também implique coisas boas, consequências positivas. Mas não me atrevo a avançar para lado nenhum, até porque na minha cabeça é tudo incerto. A felicidade escapou-me mas há pessoas piores que eu, nomeadamente as pessoas de quem eu gosto. E rapidamente os problemas delas tornam-se os meus e vivo em preocupação constante. Amigos e amigas recorrem-me para certas coisas. E eu sinto que também posso recorrer a eles. Mas do que vou falar? Parece que os meus problemas acabaram, não tenho nada a fazer. Ou talvez haja qualquer coisa para fazer, um caminho e uma decisão para tomar. Mas isto são só suposições e não me apetece arriscar, como já disse. Tenho saudades de ser egoista, tenho saudades de querer me ajudar. Esqueci-me de mim.


Tenho saudades minhas...