Tuesday, June 17, 2008

Quase só


Ontem, saí à rua. Não propriamente à rua. Olhei-a de pé, na varanda da minha cozinha, procurando imaginar como seria a minha vida se me sentisse sempre triste como me estou a sentir nesta fase. Senti-me tremendamente sozinha e triste, senti-me sem orientação, perdida no meio do nada. Não sabia o que fazer, por onde me agarrar. Senti-me tonta, a escorregar, sem ninguém ali para se aperceber do que se passava. E quando pensei que a minha solidão era quase como um buraco negro sem cor nem som, foi aí que a ouvi. Aquela gaivota. E durante os restantes minutos em que ali estive, ela fez-me companhia, falou comigo, segurou-me a este mundo, a esta beleza de lugar em que eu tenho a sorte de viver, poder sentir, poder ver e respirar a energia positiva que emana da Natureza viva. Todas as tristezas do mundo não conseguem se apoderar de mim, desde que veja a luz, as folhas e ramos das árvores, desde que sinta a texturade tudo o que me rodeia, desde que oiça as vozes de todas as bocas que conseguir.


Desde que oiça a gaivota.

3 comments:

Analog Girl said...

Amor, estou preocupada contigo...
Tem paciência que a vida ainda te vai ensinar coisas bonitas.

Love u!*

Cate said...

You're not alone, not at all. Love you, baby.

Anonymous said...

Tudo se resolveu, minha Mimi :D

Marta*