Tuesday, December 19, 2006

O tempo...um dependente das ocasiões (parte 1)

Elas chegam a casa! (quando o tempo começa a abrandar)

O meu coração não parava de saltar com toda a excitação eminente no corpo pequeno de uma garota de oito anos. Estava no meu quarto, olhando para o relógio à espera que o meu pai e a minha mãe chegassem. Depois de algum tempo de espera (parecendo-me interminável) eles chegaram cheios de sacos na mão provenientes de vários tipos de lojas. Mas o que mais me interessava eram os sacos do Toys R' us! Lá estava eu de volta deles sem conseguir conter os pulos de alegria de uma criança prevendo uma Noite de Natal com muitos rasgar de papéis de embrulho!

- Sai daqui Mariana! - exclamou a minha mãe com um sorriso nos lábios revelando em simultâneo o cansaço e a alegria proporcionada pela minha excitação.

Dirigiram-se para o quarto deles. Pronto. Estava iniciada a unica época do ano em que eu não podia entrar no quarto dos meus pais sem ser alvo de uma enorme desconfiança ("- Ai de ti que vás olhar para as prendas Mariana Sofia!"). Ai a tentaçao era tão grande... o facto de eu saber que as minhas prendas e encontravam no quarto ao lado eram uma tortura tão grande... principalmente porque eu sabia que elas não estavam embrulhadas!

Dia de embrulhar as prendas: (o tempo continua lento demais)

Depois da hora do jantar, a cozinha torna-se alvo de um ataque natalicio. A minha mãe é a comandante desta nova tarefa: embrulhar as prendas. A mesa, outrora com pratos e talheres, torna-se agora numa mesa de embrulho cheia de etiqutas espalhadas e papel de embulho por todo o lado. Observo a minha mãe na realização daquela tarefa tão gira que é embrilhar presentes.

- Mãe, deixas-me embrulhar um presente?

A casa toda está contra mim! Ninguém pensa que uma rapariga de oito anos é capaz de embrulhar um simples presente :O! Então, a minha mãe dá-me os restos do papel de ebrulho para eu ir brincar. Procuro coisas pela casa toda que podem ser embrulhadas com aquilo e depois de realizar aquela tarefa, provo a toda a gente que consigo desempenhá-la na perfeição (penso eu).

- Para ti pai! - dou-lhe embrulho pequeno. Ele rasga e revela-se um maço de tabaco (a unica coisa que consegui encontrar tão pequena para tão pouco papel). Ela agradece-me e eu toda contente volto para a cozinha.

- Mariana agora sai daqui. Vamos embrulhar a tua prenda.

A porta da cozinha fecha, apenas deixando passar as frechas de luz que passam na fechadura. O tempo parece ficar mais lento ainda ("quando chega a noite de Natal?" penso eu desejosa por rasgar o embulho que está a ser feito neste momento da cozinha).
Finalmente a porta abre. O presente está tapado com o papel de embrulho vermelho. A etiqueta já está posta. Está pronto para a noite de Natal.

- O que é? O que é o meu presente.
Sorrisos por parte da família inteira, mas as palavras não saem. Ai que a curiosidade me mata. Tou cansada de tanta excitação. Vou para a sala ver televisão. É a divisão da casa mas bonita, onde reside a árvore de Natal perfeita, feita por todos nós, com todo o amor e carinho.

4 comments:

Apple said...

Acreditas que quando estava a ler o teu texto vi aquela linda menina de 8 anos?!
Obrigada por me teres levado até uma casa tão alegre, por me teres levado até um Natal mágico(e isto tudo com as tuas palavras), por teres compartilhado essa vaga de amor tão bela que te dá forma, é por isso que és tão bela!
Bjs* da tua sempre amiga: Cris

Analog Girl said...

lembro-me desse episódio do maço de tabaco...e lembro-me que também eu ficava de fora dessas embrulhadas. E era mais velha e tal...
:)

(que saudades desses tempos!)

Cate said...

pois, eu também sempre fui excluída. só descobri uma vez um presente porque era um papagaio que falava e eu ouvi-o falar do outro lado da porta! a mim ninguém me engana! :p

Anonymous said...

acreditas q eu fazia exactamente a mesma coisa q tu? =P
e acreditas q, pra varia eu adorei o teu texto? e q, pra variar, fizeste com q as lagrimas me viessem aos olhos? =D
gosto de ti **